quinta-feira, 9 de outubro de 2008

ESTUDANTE DIGITAL

POSSIBILIDADES DE TEXTO E ESCRITA NA INTERNET

As tecnologias modernas proporcionam um grande número de opções e possibilidades a serem aplicadas nos processos educativos e na transmissão de conhecimento. Assim, As novas técnicas de ensino proporcionadas pelos suportes digitais tornam a aprendizagem mais prazerosa e menos cansativa.
A leitura e a escrita sempre tiveram um papel social de grande interferência na sociedade. A leitura tem por finalidade levar os cidadãos a outros mundos possíveis, seja a literatura ou as revistas, livros ou o computador. Pode nos entreter ao mesmo tempo em que favorece a reflexão sobre a realidade ou a fuga de dificuldade que enfrentamos em nosso cotidiano, colaborando para uma nova perspectiva de vida e visão de mundo.
Vejo a internet como uma aliada da prática da leitura, funciona como mais uma fonte de pesquisa através do acesso rápido e instantâneo a certos tipos de textos e nunca uma ameaça à leitura tradicional, no entanto, é necessário filtrar as informações veiculadas, através de uma seleção daquilo que é realmente importante para o leitor, uma vez que os suportes virtuais presentes na leitura tem um lado negativo e outro positivo. A leitura extraída de fontes virtuais será internalizada pelo leitor se ele dispuser de um conhecimento prévio sobre o assunto. O lado negativo é a superficialidade de algumas fontes, por isso os textos devem ser bem filtrados, para cumprirem sua função. Essas dificuldades serão superadas à medida que o leitor aprender usar esse canal de pesquisa.
O hipertexto, como recurso tecnológico mediado pela internet é um instrumento pedagógico eficaz para o aluno, uma vez que oferece suporte de complementaridade de informações, é mais uma fonte de pesquisa que favorece a compreensão dos temas em estudo, sugere toda uma nova gramática de possibilidades, uma nova maneira de escrever e narrar.
No hipertexto o navegador torna-se o autor de maneira mais profunda do que percorrendo uma rede predeterminada, pois participa da estruturação, cria novas ligações, onde alguns sistemas registram os caminhos da leitura, tornando mais fortes ou mais fracas essas ligações, dependendo da maneira como elas são percorridas, ou seja, os leitores podem modificar as ligações, acrescentar ou modificar nós (imagens, textos...) e muito mais.
Segundo Lévy (1996, p.46) o hipertexto é um poderoso instrumento de escrita e leitura “Assim leitura e escrita trocam seus papéis. Todo aquele que participa da estruturação do hipertexto, do traçado pontilhado, das possíveis dobras de sentido, já é um leitor. Simetricamente quem atualiza um percurso ou manifesta este ou aquele aspecto da reserva documental contribui para a redação, conclui momentaneamente uma escrita interminável. (...) A partir do hipertexto, toda leitura tornou-se um ato de escrita.”.
Hoje o desafio do professor é encontrar as razões da dificuldade no ato de ler e a forma de intervir neste aprendizado. Portanto, utilizar os recursos de leitura e escrita no meio digital é relevante e urgente, uma vez que atribui a escrita e a leitura um novo impulso, promovendo uma postura ativa por parte do estudante pesquisador. Sem esquecer que antes de tudo o professor deve estar devidamente preparado para lidar com essa tecnologia.

Fontes
LÉVY, Pierre. O que é o virtual. Editora 34. São Paulo. 1996.
http://www.vivenciapedagogica.com.br/node/548
http://www.geocities.com/neitzeluiz/blog_wiki.htm

sábado, 4 de outubro de 2008

ATIVIDADES DE LEITURA: PARLENDAS

Parlendas

As parlendas são versinhos com temática infantil que são recitados em brincadeiras de crianças. Possuem uma rima fácil e, por isso, são populares entre as crianças. Muitas parlendas são usadas em jogos para melhorar o relacionamento entre os participantes ou apenas por diversão. Muitas parlendas são antigas e, algunas delas, foram criadas, há décadas. Elas fazem parte do folclore brasileiro, pois representam uma importante tradição cultural do nosso povo.

Alguns exemplos de parlendas:

Um, dois, feijão com arroz.
Três, quatro, feijão no prato.
Cinco, seis, chegou minha vez
Sete, oito, comer biscoito
Nove, dez, comer pastéis.

Serra, serra, serrador! Serra o papo do vovô! Quantas tábuas já serrou?
Uma delas diz um número e as duas, sem soltarem as mãos, dão um giro completo com os braços, num movimento gracioso.
Repetem os giros até completar o número dito por uma das crianças.

Um elefante amola muita gente...
Dois elefantes... amola, amola muita gente...
Três elefantes... amola, amola, amola muita gente...
Quatro elefantes amola, amola, amola, amola muito mais...
(continua...)
– Cala a boca!
– Cala a boca já morrei
Quem manda em você sou eu!

- Enganei um bobo...
Na casca do ovo!

Dedo Mindinho
Seu vizinho,
Maior de todos
Fura-bolos
Cata-piolhos.

Babalu
(1) Babalu
(2) Babalu é Califórnia
Califórnia é Babalu
Eu só danço discoteca
(3) Discoteca da galinha
(4) Cintura de mocinha
(5) Bumbum empinadinho
(6) Babalu
(7) Aqui prá tu

Gestos que acompanham a cantilena Babalu:

(1) Mãos postas se tocando em palmas dorso das mãos esquerdas juntas
(2) Mãos direitas batendo embaixo e em cima
(3) Mãos nas axilas
(4) Mãos na cintura
(5) Mãos nos quadris
(6) Mãos postas se tocando
(7) Dá o dedo

O casamento

Com quem Sthella
Pretende se casar?
Com louro, moreno,
Careca, cabeludo
Rei, ladrão
Polícia, capitão?
Estrelinha do meu coração.


Dindim, Castelo

Dindim castelo
Mal-assombrado
Xixi de rato
Prá todo lado
A coitadinha
Da princesinha
Não aguentou:
E desmaiou.
Manchete, manchete, manchete
Manchete, manchete
Aberto, fechado, aberto
Cruzado, sentado


Cê cê

Cê cê rê rê cê cê - cê cê
Somos quatro
Eu com tu
Tu com ela
Nós por cima
Vós por baixo
Cê cê rê rê cê cê - cê cê
Conhecendo parlendas
"Jacaré foi ao mercado
não sabia o que comprar
comprou uma cadeirinha
para comadre se sentar
A comadre se sentou
A cadeira esborrachou
Jacaré chorou, chorou
O dinheiro que gastou";

"Dedo Mindinho
Seu vizinho,
Maior de todos
Fura-bolos
Cata-piolhos.";

""Hoje é Domingo,
pede cachimbo
O cachimbo é de ouro,
Bate no touro,
O touro é valente,
Bate na gente,
A gente é fraco,
Cai no buraco,
O buraco é fundo,
acabou-se o mundo.";

"Um, dois, feijão com arroz
Três, quatro, feijão no prato
Cinco, seis, falar inglês
Sete, oito, comer biscoito
Nove, dez, comer pastéis";

"Cadê o toucinho que estava aqui?
- O rato comeu.
Cadê o rato?
- O gato comeu.
Cadê o gato?
- Fugiu pro mato.
Cadê o mato?
O fogo queimou.
- Cadê o fogo?
- A água apagou.
Cadê a água?
- O boi bebeu.
- Cadê o boi?
- Está moendo trigo.
Cadê o trigo?
- O padre comeu.
Cadê o padre?
- Está rezando missa.
Cadê a missa?
- A missa acabou.";

"Lá na rua 24,
a mulher matou um gato,
com a sola do sapato.
O sapato estremeceu,
a mulher morreu,
o culpado não fui eu."

" Uni, duni, tê,
Salamê, minguê.
O sorvete é colorê,
O escolhido foi você!"

O doce perguntou pro doce
qual era o doce mais doce
o doce respondeu pro doce
que o doce mais doce
é o doce de batata doce.

DUETO, TERCETO E QUADRA PANGRAMÁTICA

Vejo você, verme viandante,
Violentando o ventre vibrante.
Vai viajor veloz, vencendo veemente
Xuxa! A Sasha fez xixi no chão da sala.

O rato roeu a roupa do Rei de Roma a rainha com raiva resolveu remendar.

Três pratos de trigo para três tigres tristes
Ao iniciar a atividade de leitura, o professor deve explicar aos alunos que as parlendas são rimas infantis usadas em brincadeiras ou como técnica de memorização. E propor aos alunos que recitem bem alto e da mesma forma que você fizer. Ou seja, quando o professor falar lentamente, eles respondem lentamente; quando o professor falar rápido, eles devem falar rápido, mas sempre todas ao mesmo tempo. Esta é também uma boa oportunidade para trabalhar noções de ritmo e o que são rimas. O professor terá de ensinar as parlendas aos alunos até que eles decorem.
Por: Eva Lúcia Nunes

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

O GRANDE DITADOR

Um vídeo que nos permite a reflexão sobre democracia, educar, felicidade e paz mundial.

LEITURA

A leitura é uma atividade que se realiza individualmente, mas que se insere num contexto social, envolvendo disposição atitudinais e capacidades que vão desde a decodificação do sistema de escrita até a compreensão e a produção de sentido para o texto lido.
A compreensão dos textos pela criança é a meta principal do ensino da leitura. Ler com compreensão inclui, além da compreensão linear, a capacidade de fazer inferências.
O professor contribui para o desenvolvimento dessa capacidade dos alunos quando:
Ler em voz alta e comenta ou discute com eles os conteúdos e usos dos textos lidos;
Proporciona a eles familiaridade com gêneros textuais diversos (histórias, poemas, canções, parlendas, listas, agendas, propagandas, noticias, cartazes, receita culinárias, instruções de jogos, regulamentos, etc...
Aborda as características gerais desses gêneros (do que eles costumam tratar, como costuma se organizar, que recursos lingüísticos costumam usar;
Quando instiga os alunos a prestarem a atenção e explicarem os “não ditos” do texto, a descobrirem e explicarem os porquês, a explicitarem as relações entre o texto e seu título.

PROPOSTA DE TIPOLOGIA TEXTUAL

ESCREVEMOS E LEMOS PARA..
Recordar, registrar, localizar, ordenar dados concretos, informações pontuais; informar e nos informar sobre temas gerais acontecimentos e fatos; expressarmo-nos pessoalmente, nos distrairmos, desenvolver sensibilidade artista, partilhar emoções.

TIPOS DE TEXTOS

ENUMERATIVOS
Listas, agendas, horários, índices, cartazes, dicionários, guias ..
INFORMATIVOS
Noticias, anúncios, correspondências, diários, revistas..

LITERÁRIOS
Contos, narrativas, romances, teatro, poesias, histórias em quadrinhos, música, etc.

OBJETIVOS DA LEITURA

Possibilitar ao aluno reconhecer e valorizar a língua como um processo que se constitui e se transforma nas relações e práticas sociais.
Valorizar a interações como forma de qualificar o intercâmbio comunicativo e como forma de elaborar o conhecimento;
Proporcionar ao aluno a exploração e o reconhecimento dos elementos dos textos, sua rede de significados e sua estrutura;
Valorizar a leitura como fonte fruição de estética, de entretenimento, de informações e etc...;
Proporcionar ao aluno o desenvolvimento da organização e da autonomia necessárias a elaboração de conhecimentos;
Propiciar o aluno a oportunidade de valorizar e reconhecer a riqueza e a variedade dos textos que circulam nos espaços, bem como compreender sua importância para o intercâmbio de informações;
Favorecer o desenvolvimentos da reflexão e da consciência crítica da criança na construção de propostas de compreensão de textos (orais ou escritos) que circulam na sociedade.
OBJETIVOS DA LEITURA DE 1° AO 5º ANO

1° ano

Fazer intercâmbio oral, ouvindo com atenção, e formulando perguntas;
Ouvir com atenção textos lidos;
Ler textos conhecidos, como parlendas, adivinhas e canções;
Conhecer e recontar repertórios variados de textos literários;
Conhecer as representações das letras maiúsculas do alfabeto de imprensa;
Localizar palavras em textos;
Revisar textos coletivamente, apoiado pela leitura em voz alta feita pelo professor.

2° ANO

Participar de intercâmbio oral, ouvindo, perguntando e planejando a fala para diferentes interlocutores;
Recontar histórias conhecidas, recuperando características da linguagem do texto original;
Apreciar textos literários;
Ler, com ajuda, diferentes gêneros;
Ler por si mesmo, textos conhecidos.

3° ANO

Participar de situações de intercâmbio oral, ouvindo com atenção, formulando e respondendo a perguntas, explicar e compreender explicações, manifestar opiniões sobre o assunto tratado.
Apreciar e ler textos literários;
Ler com ajuda, textos para estudar textos de sites, revista etc.)

4° ANO

Participar de situações de intercâmbio oral, que requeiram ouvir com atenção, intervir sem sair do assunto tratado, formular e responder a perguntas, justificando respostas, explicar e compreender explicações, manifestar e acolher opiniões, fazer colocações considerando as anteriores;
Apreciar textos literários;
Selecionar, em parceria, textos em diferentes fontes para a busca de informações;
Localizar, em parceria, informações nos textos, apoiando-se em títulos e subtítulos, imagens e negritos e selecionar as que são relevantes.
Ajustar a modalidade da leitura ao propósito e ao gênero.

5° ANO

Participar de situações de intercâmbio oral, que requeiram ouvir com atenção, sem sair do assunto, formular e responder a perguntas, justificando respostas, explicar e compreender explicações, manifestar e acolher opiniões, argumentar e contra-argumentar;
Participar de situações de uso da linguagem oral, utilizando procedimentos da escrita para organizar exposição;
Apreciar textos literários;
Selecionar, textos de acordo com os propósitos da leitura, antecipando a natureza do conteúdo e utilizando a modalidade da leitura mais adequada;
Utilizar recursos para compreender ou superar dificuldades de compreensão durante a leitura.

ATIVIDADES DE LEITURA

O QUE PROPOR NA SALA DE AULA

Poemas, canções, cantigas de roda, advinhas, trava-línguas, parlendas, quadrinhas, contos de fadas, mitos, lendas, fábulas, textos informativos, textos instrucionais, biografias, listas, cartas, bilhetes, letras de músicas, depoimentos, convites e etc.
SUGESTÕES DE LEITURAS

POEMAS, CANÇÕES, CANTIGAS DE RODA, ADVINHAS, TRAVA-LÍNGUAS, PARLENDAS E QUADRINHA.

LEITURA PELO PROFESSOR – É importante que o professor faça a leitura de vários textos do mesmo gênero (advinhas, cantigas de roda, parlendas, quadrinhas ou trava línguas). Essa atividade pode ser feita na chegada, volta do recreio, diária ou semanal.

LEITURA COMPARTILHADA - (professor e aluno) em algum momento da rotina, o professor poderá ler junto com o aluno alguns textos já conhecidos pelos alunos (advinhas, cantiga de roda, parlendas, quadrinhas ou trava línguas), podem está afixado na parede, escrito na lousa ou no livro do aluno.

LEITURA COLETIVA – Ler, cantar, recitar e brincar com textos conhecidos. É fundamental que os alunos possam vivenciar na escola situações em que a leitura esteja vinculada diretamente ao desfrute pessoal, à descontração e ao prazer.

LEITURA DIRIGIDA – Propor atividades de leitura em que os alunos tenham de localizar palavras em um texto conhecido Ex. o professor ler o texto inteiro e depois pede aos alunos que localizem uma palavra determinada.

LEITURA INDIVIDUAL – Quando o aluno já conhece o texto. A atividade de leitura precisa ter objetivos EX: ler para escolher a parte que mais gosta depois recitar em voz alta para todos.

PESQUISA DE OUTROS TEXTOS – Pesquisar outros textos do mesmo gênero em livros, na família e na comunidade. Ex. entrevistar pais, avós, amigos e respeito de advinhas, cantigas de roda, parlendas, quadrinha e trava-língua, no caso de poemas pesquisar autores conhecidos, da comunidade, da região, do estado e etc..

RODAS DE CONVERSA OU DE LEITURA – Socializar experiências e conhecimentos, identificar repertório de textos dos alunos, suas preferências, momentos de prazer, diversão com a leitura. No caso de trava-língua é interessante propor um concurso de trava línguas – falar sem tropeçar nas palavras.

PARA LEMBRAR...

A presença desses textos na sala de aula favorece a valorização e a apreciação da cultura popular, assim como o estabelecimento de um vínculo prazeroso com a leitura e a escrita.

Quando os alunos ainda não lêem e escrevem convencionalmente, atividades de leitura com esses textos, pertencem á tradição oral e as crianças conhecem de memória, podem possibilitar avanços nas hipóteses dos alunos a respeito da língua escrita.

SUGESTÕES DE LEITURAS

CONTOS DE FADA, MITOS, LENDAS FÁBULAS
..

LEITURA PELO PROFESSOR – É importante que o professor faça a leitura de vários textos do mesmo gênero ( contos, mitos, lendas e fábulas), de modo que os alunos possam se apropriar de um conhecimento que faz parte do patrimônio cultural da humanidade instrumentalizá-los para desfrutar das narrativas literárias.
A atividade de leitura deve ser diária, pois é importante que os alunos tenham contato freqüente com os textos. O professor necessita ler os textos antes, ler em voz alta tal qual está escrito, imprimindo ritmo à narrativa e dando uma idéia correta do que significa ler.

RECONTO ORAL - Possibilita ao aluno que não é leitor convencional, saber mais sobre o texto apropriando-se oralmente da língua que se escreve. Não é o aluno decorar integralmente o texto, mas recontá-lo a partir do que se apropriou da história.

APRENDENDO COM OS OUTROS – É importante que os alunos possam compartilhar atos de leitura e observar outras pessoas lendo ou recontando. Desta forma podem aprender a utilizar uma variedade de recursos interpretativos: entonação, pausas, expressões faciais, gestos e outros.

PROJETOS DE LEITURA

As propostas de aprendizagem poderão ser organizadas por meio de projetos que proponham aos alunos situações comunicativa envolvendo a leitura e a escrita dos textos (lendas, fábulas, mitos e contos) . O projeto poderá contemplar todas as séries.

Exemplos: Mural de personagens (personagens mitológicas suas características físicas, poderes, moradia, ilustrações etc.

Seleções do textos preferidos para a produção de uma coletânea (livro), escrever ou selecionar textos para presentear alguém ou a biblioteca da escola;

Reconto Oral de contos conhecidos para um publico especifico (classe, escola, comunidade etc.)

PARA LEMBRAR...

Os CONTOS, MITOS, LENDAS, E FÁBULAS devem fazer parte do cotidiano da sala de aula, ampliando o repertório, descobrindo a magia, conhecendo obras e autores consagrados.

Uma das formas de esses textos entrarem na sala de aula é através da leitura diária realizada pelo professor.
Lembre-se: os que não sabem ler convencionalmente poder “ler” através da leitura do professor.

SUGESTÕES DE LEITURAS

TEXTOS INFORMATIVOS, INSTRUCIONAIS E BIOGRAFIAS


LEITURA PELO PROFESSOR - é importante que o professor crie situações de leitura de textos de um mesmo gênero, o contato freqüente com os textos lhe permite compreender suas característica, usos e funções. A ênfase deve está na leitura e na conversa sobre o que compreenderam e aprenderam com o texto lido.

LEITURA COMPARTILHADA – Textos do livro do aluno, cartazes, a partir da leitura o professor poderá perguntar que informações vocês retiram do textos? O que não sabiam, o que acharam mais curioso etc.

LEITURA DIRIGIDA – localização de palavras no texto, quantas vezes aparece a determinada palavra. A intenção é que os alunos possam utilizar seus conhecimentos sobre a escrita para localizar e ler as palavras indicadas.

LEITURA INDIVIDUAL – Textos pequenos, objetivos da leitura, ex. ler para encontrar uma informação.

PESQUISAS DE OUTROS TEXTOS- pesquisas de textos do mesmo gênero em livros, revistas, jornais, encontrados na escola e/ou em casa.

RODAS DE LEITURA E DE CONVERSA- Socializar experiências e conhecimentos, identificação do repertório dos textos que está sendo trabalhado e lidos, essas situações poderão ser diárias, semanais ou quinzenais. (hora das curiosidades, momentos científicos etc.)

PARA LEMBRAR...

Através de todos os tipos de textos é possível obter informações. É fundamental que, na escola, os alunos tenham oportunidades de aprender sobre esses textos, pois isto lhe confere mais autonomia como estudante.

Acesso a novas informações;

Registro de informações relevantes e organização do pensamento.

A melhor forma de ensinar as práticas sociais de leitura e escrita é propor aos alunos situações em que, de fato, tenham de usar textos para localizar, selecionar, registrar informações sobre algum assunto que estejam estudando.

SUGESTÕES DE LEITURAS

LISTAS, CARTA E BILHETES

LEITURA PELO PROFESSOR (cartas e bilhetes) – é importante que o professor selecione cartas e bilhetes literários ou recebido e crie momentos de leitura na rotina escolar ( apreciação, diversão, tipos de informações e estilos dos autores).

LEITURA COMPARTILHADA – todos com uma cópia da carta ou bilhete para a leitura coletiva. O professor pode perguntar o local onde foi escrito(a) destinatário, remetente, data, informações ou assunto.

LEITURA DE LISTAS- propor atividades onde o aluno seja o leitor, lista com títulos dos contos lidos ou dos personagens conhecidos, dos aniversariantes, materiais didáticos, compras etc....

PARA LEMBRAR...

Listar, relacionar nomes de pessoas, convidados para festa, lista de compras, compromissos, compromissos do dia-a-dia, atividades da sala de aula.

Ensinar as práticas sociais de leitura e escrita utilizando cartas e bilhetes de acordo com faixa etária de cada série.

TRABALHANDO COM PROJETOS

Os projetos devem fomentar o gosto pela leitura em todas as etapas de escolaridade, o incentivo do professor e da escola nesse processo é fundamental para a mediação entre o aluno e o livro.

Trabalhar com literatura na escola é promover a aprendizagem que sirva para uma construção de sujeitos questionadores e transformadores de uma sociedade.

O professor precisa ler para que seus alunos possam ser envolvidos no texto.

Ao trabalhar projetos privilegiem a Literatura na escola, estamos–promovendo emancipação do saber, rompendo a idéia que deu origem aos trabalhos com fichamentos, a interpretação com perguntas e respostas, usado tanto pelo educador para avaliar o rendimento do aluno quanto a leitura.

Os debates, a leitura crítica e comparativa de jornais, dramatizações, visitas a biblioteca, conversas com autor de livros, são atividades que devem ser trabalhadas, desenvolvendo no aluno a capacidade de pensar e crescer.

Devemos evitar a avaliação do rendimento da leitura por meio da literatura, será inútil enquanto não tivermos alunos que encontrem o prazer no ato de ler. Os livros não podem servir de pretexto para serem, simplesmente, instrumento de avaliação.

ALGUMAS DIRETRIZES SUGERIDAS

Leitura compartilhada com os alunos de obra referentes aos projetos em execução;

Solicitar que os alunos dêem um novo final ou início à história lida;

Conhecer vida e obra do autor;

Fazer textos coletivos com a descrição dos personagens, considerando características físicas e psicológicas;

Fazer estudos individuais e coletivo dos dados contidos nos livros;

Fazer sessões de explicação dos conteúdos evidenciados na obra;

Fazer releituras conjugando a linguagem (com recitais, sínteses) e a arte (com pinturas e esculturas) como forma de tornar mais concreta a aprendizagem.

REFERÊNCIAS CONSULTADAS E INDICADAS

Práticas de Leitura e escrita MEC/SED salto para o futuro 2006;
Alfabetização: livro do professor 2ª ed. FUNDESCOLA/MEC2001
Português: uma proposta para o letramento ens. Fundamental edit. Moderna 1999;
200 dias de leitura e escrita na escola 3ª ed. Edit. Cortez 2006;
Alfabetização e projetos edit. Scipione -2001 (coleção letra, palavra e texto);
Revista Nova escola –leitura ed. Especial, maio 2008;
Fascículo 5 – PROLETRAMENTO, Alfabetização e linguagem – jogos e brincadeiras no ensino de Língua Portuguesa.

CONHEÇA AS DIFERENÇAS ENTRE OS MÉTODOS DE ALFABETIZAÇÃO

FÔNICO Enfatiza as relações símbolo-som.
Há duas "correntes":
Na sintética, o aluno conhece os sons representados pelas letras e combina esses sons para pronunciar palavras.
Na analítica, o aluno aprende primeiro uma série de palavras e depois parte para a associação entre o som e as partes das palavras. Pode utilizar cartilhas.
LINGUAGEM TOTAL Defende que os sistemas lingüísticos estão interligados, e que a segmentação em imagens ou sons deve ser evitada.
Os estudantes são apresentados a textos inteiros, já que acredita-se que "se aprende lendo".
Em sala de aula, o professor lê textos para os alunos, que acompanham a leitura com o mesmo texto, assim se "familiarizando" com a linguagem escrita.
A partir dessa familiarização, vão aprendendo palavras e, depois, as sílabas e as letras. Não utiliza cartilhas.

ALFABÉTICO

Os alunos primeiro identificam as letras pelos seus nomes, depois soletram as sílabas e, em seguida, as palavras antes de lerem sentenças curtas e, finalmente, histórias.
Quando os alunos encontram palavras desconhecidas, as soletram até decodificá-las. Pode utilizar cartilhas.

ANALÍTICO

Também conhecido como método "olhar-e-dizer", começa com unidades completas de linguagem e mais tarde as divide em partes.
Exemplo: as sentenças são divididas em palavras, e as palavras, em sons.
Abaixo das gravuras estavam os nomes impressos para que os estudantes memorizassem as palavras, sem associá-las a letras e sons. Pode utilizar cartilhas.

SINTÉTICO

Começa a ensinar por partes ou elementos das palavras, tais como letras, sons ou sílabas, para depois combiná-los em palavras.
A ênfase é a correspondência som-símbolo. Pode utilizar cartilhas.

ORIENTAÇÃO DOS PCNS

Diagnóstico prévio do aluno antes de optar por qualquer método.
O professor lê textos em voz alta e é acompanhado pela classe, que tem em mãos os mesmos textos.
Os alunos são estimulados a copiar textos com base em uma situação social pré-existente: por exemplo, eles ouvem poesias e compõem, por cópia ou colagem, seus cadernos de poemas favoritos.
A leitura em voz alta por parte dos estudantes é substituída por encenações de situações que foram lidas, desenhos que ilustram os trechos lidos etc.
As crianças aprendem a escrever em letra de forma; a consciência fônica é uma consequência. Não utiliza cartilhas.
Por: Eva Lúcia Nunes

Os Conteúdos de Língua Portuguesa no Ensino Fundamental

Seleção dos conteúdos
Habilidades básicas:
1. Falar
2. Escutar
3. Ler
4. Escrever
As habilidades devem ser organizadas em torno dos dois eixos:
Língua oral/escrita: usos e formas
Análise e reflexão e reflexão sobre a língua

LÍNGUA ORAL: USOS E FORMAS

O desenvolvimento da capacidade de expressão oral do aluno depende consideravelmente da escola constituir-se num ambiente que respeite e acolha a vez e a voz, a diferença e a diversidade.
A escola deve ensinar os usos da língua adequados a diferentes situações comunicativas
Eleger a língua oral como conteúdo escolar exige o planejamento da ação pedagógica de forma a garantir, na sala de aula, atividades sistemáticas de fala, escuta e reflexão sobre a língua.
Atividades de produção e interpretação de uma ampla variedade de textos orais, de observação de diferentes usos, de reflexão sobre os recursos que a língua oferece para alcançar diferentes finalidades comunicativas.

O trabalho com linguagem oral deve acontecer no interior de atividades significativa
seminários
dramatização de textos teatrais
simulação de programas de rádio e televisão
discursos políticos
Organizar situações contextualizadas em que ouvir atentamente faça sentido para alguma tarefa.
A proposta requer explicitação dos objetivos, antecipação de dificuldades de atitudes, apresentação de pistas que possam contribuir para a compreensão, tempo aproximado de realização.

LÍNGUA ESCRITA: USOS E FORMAS

Leitura e escrita são práticas complementares que se modificam no processo de letramento.
São práticas que permitem ao aluno construir seus conhecimentos sobre os diferentes gêneros, sobre os procedimentos mais adequados para lê-los e escrevê-los e sobre as circunstâncias de uso da escrita.

PRÁTICA DE LEITURA

O trabalho com leitura tem como finalidade a formação de leitores competentes e conseqüentemente, a formação de escritores.
Um leitor competente só pode constituir-se mediante uma prática constante, de um trabalho que deve-se organizar em torno de uma diversidade de textos que circulam socialmente.
Referências:
Parâmetros Curriculares Nacionas. língua portuguesa. SEF/MEC: Brasília, 1997
Por: Eva Lúcia Nunes

DESENVOLVENDO AS COMPETÊNCIAS E HABILIDADES DE LEITURA

Sabe-se que o rendimento escolar está diretamente ligado à leitura, uma vez que ela é uma habilidade fundamental no processo de construção do conhecimento, qualquer que seja a disciplina que compõe o currículo pedagógico. Contudo, a prática de ensino tem indicado que os alunos que concluem o ensino fundamental e o ensino médio, e mesmo aqueles que ingressam nas universidades, têm demonstrado dificuldades na compreensão de textos.Segundo Cagliari (1993, P.148), "a grande maioria dos problemas que os alunos encontram ao longo dos anos de estudo, chegando até a pós-graduação, é decorrente de problemas de leitura." .Entende-se que a leitura é um processo de construção de sentido: ler é interagir com o autor, procurar e produzir sentidos, vivenciar experiências. É ser competente para compreender e decifrar a realidade.Segundo MARIA (2002).A leitura é a possibilidade de diálogo para além do tempo e do espaço; é o alargamento do mundo para além dos limites de nosso quarto, mesmo sem sairmos de casa; é a exploração de experiências as mais variadas, quando não podemos viver realmente ( p.25)..Hoje, a leitura está presente na maior parte das atividades cotidianas, desta forma o interesse pelo assunto se torna relevante, torna-se necessário refletir sobre a prática pedagógica para fazer um estudo mais aprofundado sobre como os professores estão trabalhando a leitura nos anos iniciais, qual o interesse do aluno pela leitura, como a escola pode interagir-se para que os alunos desenvolvam habilidades de leitura e interpretação.Para CAGLIARI (1993):A leitura é, pois, uma decifração e uma decodificação. O leitor deverá em primeiro lugar decifrar a escrita, depois entender a linguagem encontrada, em seguida decodificar todas as implicações que o texto tem e, finalmente, refletir sobre isso e formar o próprio conhecimento e opinião a respeito do que leu (p.150).Ler, principalmente nos primeiros anos de escola, me parece uma atividade tão importante quanto escrever, ou talvez mais importante. Mo mundo em que vivemos é muito mais importante ler do que escrever, sobretudo para as pessoas que vivem em grandes cidades: precisam ler diariamente placas, números, etiquetas, nomes, documentos, etc.Para Cagliari (1993, p.168)," dados os problemas sérios de repetência e evasão, seria bom que a escola se preocupasse menos com a escrita, especialmente com a ortografia, e desse maior ênfase à leitura, desde a alfabetização". Neste sentido podemos observamos que a leitura é um problema não só da escola, mas também social, já que, para vivenciar seus deveres e direitos de cidadão é preciso estar de posse da leitura e do seu entendimento.As atividades sempre devem colocar as crianças em situações mais próximas da realidade do ato de ler, nas diversas circunstâncias, utilizando as diferentes estratégias para a leitura, em busca do sentido dos textos. Nesta perspectiva, nos mostra Barbosa (1994) como deve ser o procedimento do professor na sala de aula, ao trabalhar leitura:Assim, o professor pode variar os matérias e atividades de leitura, criando a cada dia situações novas, atraentes, afirmando o uso social da escrita, evitando o tradicional e não-significativo uso escolar da escrita, como: textos decifratórios, cópias e ditados sem objetivo ou sem sentido para as crianças (P.139).Acredito que o professor não pode e não deve confiar em uma metodologia especial, milagrosa, mas na sua experiência, fundamentada por sua competência pedagógica. É ele quem, observando seus alunos, refletindo sobre sua prática e aprofundando seus conhecimentos sobre leitura e aprendizagem, pode compreender e entender as necessidades, dificuldades e o interesse de cada criança num dado momento.
Por: Eva Lúcia Nunes